sábado, 22 de agosto de 2009

Da falta do que escrever

Momento de suspensão de idéias. Não, talvez não seja tanto assim. Há um certo exagero. Mesmo porque nunca deixo de pensar. Sou mentalmente inquieta. Apenas não estou organizando-as afim de transmiti-las verbalmente. Aqui no caso leia-se: escrever texto e publicá-lo.

Nem todos os dias estamos afim de escrever.

Aproveito o momento e deixo que as palavras me conduzam. Quando for o momento certo, me ponho a servi-las. Sim. "Não sou eu quem busco palavras para montar uma frase. São elas que me procuram." Era mais ou menos isso o que dizia Clarice Lispector.

Talvez estivesse ela certa. Ou não. Ah, não sei. Somente tenho a certeza de que por ora, não há expressão escrita. Apenas atividade mental.

Sábado surgindo num ritmo devagar. Entro no ritmo então.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quando decidimos por nossa Felicidade

Saber do seu regresso não me felicitou como deveria. Não que não seja importante a sua volta. Sempre importa que voltemos ao lugar que sempre fora nosso. E sempre voltamos.

Sabemos que os momentos não voltam. Mas como quem busca reviver as felicidades passadas, em nossa lembrança é como se ainda o são e não que foram, fazendo parte perpetuamente do presente, nunca do passado. É o auto engano constante. Poderia deixar de ser se você compartilhasse comigo dos momentos que ainda permanecem.

Mas é que não voltastes para tudo. É que seu tudo não corresponde ao meu. Ou vice-versa. Também, que lhe importa, enquanto estou cá a pensar por dois, você está uno, a percorrer esse mundo vasto. É que seu mundo já não corresponde mais ao meu. Lembrança felicitando doído.

Estranho. O céu hoje não amanheceu alegre. É de uma cor cinzenta, coberto por nuvens grossas que impedem o raiar claro dourado do dia. Prefiro o colorido ao monocromático. Este dá uma sensação de única possibilidade.

Prefiro a cor colorida do dia. É que ela traz consigo a alegria. Ainda bem que nuvens - quando não são alvas como algodão-doce - "são passageiras, que com o tempo se vai". Ainda bem que quando do raiar do dia, renovam-se também as esperanças. E junto delas vem novos desejos, novas possibilidades. Inclusive a de deixar definitivamente as lembranças em seu devido lugar. Não é necessário enterrá-las! Não! Afinal de contas, fazem parte de nossa história. E isso por si só já é importante. Mas é o momento enfim, de sair em busca de novas felicidades, deixando para trás lembranças doridas.

É só questão de amanhecer novo dia. Decidido já está. Não há mais que viver de auto enganos. Há sim que viver a vida, cada instante de real felicidade que me é concedida. Viver por mim, não pelo outro.

E quanto a você, bem, seja bem vindo ao seu regresso.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Minh'alma...

Minh'alma está sedenta por uma "revolução". Acho que muito mais ao derredor que dela mesma. [Não é falsa modéstia]. Não são só minhas "retinas [que estão] fatigadas"...

Não estou apenas divagando não.

Às vezes precisamos mudar. Mudar para renovar. Faz bem à alma. Faz bem à nossa vida.

Imprimir mais cores nos nossos dias, mais poesia nas nossas palavras, não somente no que vemos. Acho que estamos sendo bombardeados por notícias 'desagradáveis' já há bastante tempo.

Precisamos mudar nosso padrão de pensamento que é para atrair coisas boas. Digo nosso porque acredito que muitas outras pessoas devam estar com a mesma sensação que eu.

Confesso que tento, que faço minha parte. Me esforço todo instante para acreditar que o mundo é bom, porque a vida, sei que é bela, com toda a mágica que a abarca. Com toda a poesia que expressa nos mínimos acontecimentos.

Aqui dentro há muitas sementes de esperança! E as rego todos os dias! Hão de florir, você vai ver!


P.s.: ao escrever este texto, eu meio que mesclei um início de artigo, com intenção literária, ficcional, real, poesia... Miscelânea só.

sábado, 15 de agosto de 2009

Saudade...

Hoje me peguei em meio a um sentimento que me deixou meio confusa. Fui ao Aurélio buscar a descrição que ele dá ao mesmo.


Saudade.
s.f. 1 - Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de coisa distante ou extinta. 2 - Pesar pela ausência de alguém que nos é querido.




Sim. Hoje estou sentindo saudades. Mas uma saudade indefinida. Do que, não sei. Não é do que passou ou de quem se foi. Não. Mas uma saudade do que ainda está por vir. Do que ainda não conheço. Será isso possível? Não sei. Mas também, nem tudo é definível nessa vida. Nem explicável. Há coisas que por si só já significam. E não precisa ser exatamente como o senso crítico. Não quando se trata de nós, do que sentimos, do que conversamos apenas conosco, nos momentos que são somente nossos, não permitindo nenhum outro interlocutor nessa conversa.

Enquanto não consigo definir o motivo de minha saudade, sigo apenas sentindo-a...


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A importância do dicionário

Tenho observado, já comentei em outro post anteriormente, que tem crescido o número de pessoas que se dispõem a escrever, seja algo ficcional ou apenas expressão de suas opiniões acerca dos mais variados assuntos. O veículo de divulgação de suas expressões escritas, como não poderia deixar de ser, são os blogs. Certamente pela facilidade de interação e divulgação que a internet proporciona. Há algo de muito positivo nisso, sem sombra de dúvida! Um dos inúmeros exemplos que poderia mencionar e que torna tal prática relevante seria a divulgação de notícias, com assuntos que muitas das vezes não temos conhecimentos, vindo por fim enriquecer-nos no que tange ao saber. Num país onde o índice de analfabetismo funcional é elevado, esta é uma prática interessante, para não dizer importante até.

Mas há um aspecto que tem não somente me intrigado, mas me incomodado, não somente por ser profissional de Educação formada em Letras, mas como também por ser uma pessoa que me interesso pelos mais variados saberes e primo pela "perfeição". Sei que esta não é inerente a nenhum de nós, seres mortais. Mas fico pensando, a cada palavra escrita de forma errada que leio nessa blogosfera, nos jornais e/ou revistas escritos - acredite, também nesses veículos de divulgação, o erro ortográfico é recorrente! -, que custo haveria aos "seus escritores" ao consultar um dicionário? Dúvidas quanto à grafia, todos nós temos. Inclusive os profissionais da área, por que não?

Sempre percebi, desde a minha época de estudante até na prática da profissão, uma resistência por parte das pessoas em usarem o dicionário. O coitado, por vezes é referido como "o pai dos burros". Ao contrário, as pessoas deveriam consultá-lo quando de suas dúvidas. Hoje o acesso é possível via internet. E já que estamos através dela divulgando nossos escritos, por que não aproveitar e melhorarmos o nosso texto?

Por vezes, pessoas podem achar que seja um certo exagero o fato de querer, de certa forma, defender a escrita "correta", quando teorias linguísticas defendem que "aprendemos através do erro". Ora, balelas à parte, quando um cidadão vai prestar um concurso público, por exemplo, ou um vestibular de uma Universidade de caráter sério, ele será avaliado em sua escrita sim! E poderá ser reprovado sim! Isso sem falar nas entrevistas de emprego, onde o cidadão precisa preencher seus dados ou também é avaliado sendo solicitado a escrever uma redação. Então, por que não dizermos aos nossos alunos e aos nossos colegas "consultem o dicionário; primem pela escrita!"? Afinal de contas, na hora de ser selecionado, podem não passar pelo "funil" da avaliação.

Enfim, além de ser um "bem de utilidade pública" - assim considero - fará bem também aos nossos olhos, quando pusermo-nos a admirar (decifrar) os escritos, sejam ficcionais, ou não.


Imagem daqui.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Do Futuro...

Quando da incerteza do futuro,
Frio na barriga,
Medo do desconhecido.
Será ele bom?

Mas que não se perca nunca
A esperança da bonança.
Há que se ter sempre que
Regar a sementinha,
Que é pra florir o jardim.





Imagem retirada daqui.

domingo, 9 de agosto de 2009

Sinceridade de Alma

Ela é menina sincera. Preza pela verdade. É tão simples o seu desejo. Quer apenas um tempo para si. É para colocar as idéias no lugar. Difícil de entender? Acho que não. Mas por que então não acreditam nela? Justo ela, que sempre que decide dizer o que pensa e sente o faz da forma mais verdadeira? Sim, decidir, porque tem vez que guarda tudo lá dentro. E fica remoendo, como um comichão, no seu interior. É só olharem bem dentro dos seus olhos. E descobrirão tudo. Até o que decidiu não dizer. É que os olhos são o espelho da alma. E a alma dela, é verdadeira.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Chuva Sol Arco-íris

De repente nuvens carregadas se aglomeraram no céu. Tempestade à vista. Raios e trovoadas a anunciavam. Mas não tem problema não. Deixa chover, chover, chover... chover bastante. Que é pra limpar até a nossa alma, tirando de dentro da gente todo aquele peso que nos impede de caminhar e que é provocado pelas coisas que guardamos, não sabe? Isso não é bom não! Por isso, deixe que a chuva leve tudo embora. E que depois de tudo descarregar, que o céu esteja azul, azul. De um azul anil servindo de cenário para o sol, todo esplendoroso, vir nos aquecer, nos secar. É porque fica-se encharcado quando se toma chuva. Só não se pode esquecer de vir também um arco-íris, pra que a gente possa correr, correr bastante, tentando alcança-lo. Que é pra buscar nosso pote de ouro.

sábado, 1 de agosto de 2009

(In)compreensão

O que ele mais queria no momento era entender o porque de determinados acontecimentos. Há uma sensação de não compreensão. Não somente de sua parte. Do outro lado, parece-lhe que lá também não há clareza com o que aqui por ora acontece. Por mais que tente não pensar, não questionar, é inevitável. Somos seres complexos. E por vezes nos perdemos em meio a nós mesmos. Muitos dos acontecimentos se referem não ao externo, mas ao intrínseco. Às vezes tenta-se disfarçar, transpor para algo o que diz respeito a pessoa e não a coisa. O que será que o outro entende do fato? Será que efetivamente compreende o que se passa com ele? Seu maior desafio agora é provar para si mesmo que está tudo bem. Mas e quanto ao outro? Será que consegue convence-lo do que nem mesmo ele ainda compreende?