(...)
"Quando te vi pela primeira vez sem jeito de repente te vi assim como se não fosse ver nunca mais e seria bom que eu não tivesse visto nunca mais porque de repente vi outra vez e outra e outra e enquanto eu te via nascia um jardim nas minhas faces..."
(Caio Fernando Abreu)
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Para um alguém.
Por que isso? Por que apareceste se não irias ficar?
O destino nos prega peças que não podemos suportar. Quando o vi, senti uma satisfação tão grande! Parecia que eu ia explodir, meus sentimentos entraram em ebulição, não cabiam dentro de mim tão grandes e fortes eram. Não me pergunte a definição do que senti. Foram tantos! Alegria, satisfação, esperança!... Amor?...
Um rubor coloriu minha face. Não tive como disfarçar. Acho que alguém deve ter percebido. Sim, sempre tem alguém nos observando. Menos você. Torci, pedi aos Deuses que fizessem com que seu olhar procurasse pelo meu no meio daquela multidão!...
Você quase os ouviu, você quase... e ficou por aí... Ainda tentou, meio de relance, por entre as pessoas que caminhavam... E novamente quase... Ai, essa expectativa!... essa indefinição....
Parou! Você simplesmente parou e deixou a multidão caminhando sozinha, enquanto eu caminhava em sua direção. Queria eu que nossos olhares pudessem se cruzar, e que você então me visse!...
Mas justamente no momento em que estava perto, você está de costas...
Me acovardei. Não tive coragem de falar-lhe. De dizer um simples “oi, quanto tempo!”....
Agora estou aqui. Sofrendo calada. Querendo arrancar de dentro de mim toda e qualquer lembrança de você. Mas não consigo. Estou me sentindo sem forças... Tenho ao menos algumas gotas de esperanças...
De que talvez, os Deuses tenham ao menos sussurrado em seu ouvido qualquer coisa que te fizesse lembrar de mim...
Enquanto eu tento te esquecer...
"Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas.Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos." (Clarice Lispector)
O destino nos prega peças que não podemos suportar. Quando o vi, senti uma satisfação tão grande! Parecia que eu ia explodir, meus sentimentos entraram em ebulição, não cabiam dentro de mim tão grandes e fortes eram. Não me pergunte a definição do que senti. Foram tantos! Alegria, satisfação, esperança!... Amor?...
Um rubor coloriu minha face. Não tive como disfarçar. Acho que alguém deve ter percebido. Sim, sempre tem alguém nos observando. Menos você. Torci, pedi aos Deuses que fizessem com que seu olhar procurasse pelo meu no meio daquela multidão!...
Você quase os ouviu, você quase... e ficou por aí... Ainda tentou, meio de relance, por entre as pessoas que caminhavam... E novamente quase... Ai, essa expectativa!... essa indefinição....
Parou! Você simplesmente parou e deixou a multidão caminhando sozinha, enquanto eu caminhava em sua direção. Queria eu que nossos olhares pudessem se cruzar, e que você então me visse!...
Mas justamente no momento em que estava perto, você está de costas...
Me acovardei. Não tive coragem de falar-lhe. De dizer um simples “oi, quanto tempo!”....
Agora estou aqui. Sofrendo calada. Querendo arrancar de dentro de mim toda e qualquer lembrança de você. Mas não consigo. Estou me sentindo sem forças... Tenho ao menos algumas gotas de esperanças...
De que talvez, os Deuses tenham ao menos sussurrado em seu ouvido qualquer coisa que te fizesse lembrar de mim...
Enquanto eu tento te esquecer...
"Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas.Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos." (Clarice Lispector)
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