segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Das incertezas

Um aperto no coração. É o que estou sentindo hoje... Um misto de sentimentos que não consigo definir. Não sei se é tristeza, se é “dor”, se é saudade, arrependimento, raiva...

Tem momentos que juramos que as coisas caminharão para um rumo definido. Mas eis que de repente, tudo fica suspenso no ar... Mil dúvidas, mil porquês... E nenhuma resposta...

Estou num túnel. Num imenso túnel. Caminho, caminho, caminho... E não encontro a saída. Nem ao menos uma ponta de luz sequer... Estou só. Perdida em meio à falta de direção e em meio aos meus sentimentos e certezas.

Se ainda tenho alguma certeza? A de que estou viva. Sim, a de que estou viva, porque meu coração bate num ritmo tão acelerado, que não tem como não senti-lo. A certeza de que estou perdida. Sim, estou perdida, pois caminho, e não encontro a saída. A certeza de que estou só. Sim, estou só, pois olho para os lados e não vejo ninguém. Não vejo nada. Aliás, vejo o nada. E este nada tem teimado em invadir o meu ser. Estou com medo.

A única coisa que me resta, é continuar caminhando em linha reta... Quem sabe ela me leve a algum lugar? Ter pelo menos alguma esperança; ter esta esperança... Quem sabe assim, o nada ainda me deixe livre... E só...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Esaú e Jacó

"(...)o tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo, uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo, um túmulo. Também se pode bordar nada. Nada em cima do invisível é a mais sútil obra deste mundo, e acaso do outro."

(Machado de Assis)