Não, este título não é meu. É o título do filme ao qual fui assistir, baseado na obra de Martha Medeiros, e que está em cartaz nos cinemas.
A primeira crítica que li deste filme, num site que não compensa divulgar, dizia algo dando a entender que não passaria de uma intenção xinfrim de fazer um bom filme. Confesso que na hora fiquei meio desestimulada a ir conferir. Mas, como na verdade fui convidada, lá fui eu...
E amei o filme! Eu, como já sou uma "besta" por natureza, ri até não poder mais!! Tive a sorte de ter próximo a mim, outros espectadores tão entregues quanto eu, daí não houve reclamação, né?! rrsss...
Enfim...
Lília Cabral está espetacular em sua interpretação. Consegue nos passar com toda delicadeza e sinceridade as emoções da personagem. Consegue nos transportar para seu mundo. Ou será que por representar o nosso mundo é que há uma identificação com a personagem?
A princípio, levando uma vida normal, sem grandes problemas, como ela - a Mercedez, personagem representada por Lilia - mesma diz, resolve um dia procurar por um analista. No início não sabe muito bem porque o procura e nem aonde chegará com essa análise.
Até que percebe que está num casamento, que não lhe traz mais atrativos e arroubos da paixão. E junto com essa descoberta, a de que está sendo traída também. E então começa realmente, seu momento de análise.
Não posso contar muito do filme, senão perde a graça. Mas vale a pena assistir. Não porque vá encontrar coisas mirabolantes como alguns críticos acham que temos que assistir, como acontecem nos filmes americanizados. Não. Divã encanta pela simplicidade, pela realidade sem hipocrisia.
Por que querer fazer um filme com casos de amor que sabemos que só existem nas telas? Tudo bem, às vezes precisamos de um pouco de ilusão... Mas aí poderemos incorrer no risco de viver somente o irreal. E é exatamente o que retrata Divã: o que realmente nos acontece. Passamos a vida inteira procurando um amor, mas nos esquecemos que a vida é efêmera, e cíclica e que nós somos seres mutantes.
Ah! Não poderia deixar de comentar sobre a parceria entre Lilia Cabral (Mercedez) e Alexandra Richter (Mônica), surpeendente, consegue ir de um extremo a outro, hora nos fazendo chorar de tanto rir e outras de chorar de verdade, ao ver retratada com tanta maestria, uma relação de amizade verdadeira...
Divã é um dos poucos filmes que me fez, ao mesmo tempo descontrair e refletir, por conseguir, sem grandes arroubos, trazer à baila assuntos tão realistas, por serem nossos também, e nos ensinar - por que não? - como viver a vida de uma forma mais leve... Não nos engana dizendo-nos que momentos desagradáveis não existam. Não. Mas nos mostra como podemos superá-los, sem deixar de viver! Foi assim que me senti ao sair da sala... Foi o que conclui.
P.s.: Sem contar que percebi sorrisos na platéia! Isso prova para mim, mais uma vez, que não devo ler críticas de filmes antes de conferi-los. Mas por mim mesma.
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