quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Antes tarde do que mais tarde ainda...

Olha, tenho tentado aparecer por aqui, mas os bugs não me permitiram. Sei que muitos não estavam conseguindo acessar blogs do blogspot pelos últimos dias. Infelizmente, não me foi possível, como previsto, vir dar um Feliz Natal. Resta-me dizer apenas: Que venha 2010! Com muita energia positiva, pois nós merecemos. Muita paz, saúde, harmonia, prosperidade, união, amor (por que não?), compaixão, tranquilidade, verdade, justiça... e olha que se continuar a lista ficará grande!


Mas é o mínimo que posso desejar para o ano vindouro! Acredito que sempre temos que ter esperança de algo melhor. É assim que podemos manter as energias que nos impulsionam a continuar na luta diária. Viver, da melhor forma que nos seja possível, sempre! E acreditar também, num país melhor. Apesar de a pizza já ser cardápio oficial.


Bom, mas não foi para falar de coisas ruins que vim aqui. Deixo aqui registrado meus votos de um ano melhor para todos nós. Quero deixar registrado também que 2009, apesar de em termos pessoais ter sido um ano complicado pra mim, não deixou de ter também importância: através da internet conheci muitas pessoas interessantes, e cada uma, à sua maneira, veio acrescentar em minha vida algo de bom. Não listarei nomes, pois não quero ser injusta e nem seletista, mas a cada um de vocês que tive a oportunidade de conhecer neste 2009, o meu muito obrigada! Espero que possamos nos "conectar" por muito tempo ainda! E espero também poder continuar manter este cantinho onde exponho minhas idéias. Apesar de a inspiração não estar se fazendo presente pelos últimos posts...


E também não posso deixar de agradecer a vocês que vêm sempre dar o ar da graça com suas visitas. Obrigada.

                                
Feliz 2010 a nós! 
Porque merecemos! 
Porque precisamos!




Imagem: 

Monarch Flight by *Wyld-Art-Photography

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Encanto da Lua Nova - Alonso Alvarez

Dia 17 deste mês tive a oportunidade de conhecer (virtualmente) o editor e autor Alonso Alvarez, quando adicionei no twitter a @FiccoesEditora. Ele gentilmente me presenteou com um exemplar de seu livro O Encanto da Lua Nova. Com direito a dedicatória! Claro que gostei, como podem imaginar. Ainda mais eu, que adoro ler. 


O livro chegou ontem e logo que pude me pus a aventurar-me na leitura. Infelizmente, devido às demandas pré-natalinas, não tive como finalizar ainda. Mas já posso adiantar: é um livro prazeroso de ler. É daqueles que quando você começa, não quer parar, e quando dá por si já percorreu bastante por seu universo. Universo este que ao longo da narrativa é construído em nossa imaginação. Sim, eu fiquei imaginando como seriam cada um dos personagens e confesso, cheguei a imaginar uma interpretação/encenação da história.


Eu, como educadora formada que sou (apesar de não mais trabalhar na área) ao ler o livro, uma das primeiras coisas que fiquei imaginando: meus alunos lendo-o. Sim, é um livro que certamente indicaria aos mesmos.


Quem quiser conferir mais sobre Alonso Alvarez e seu O Encanto da Lua Nova pode acessar o site http://www.oencantodaluanova.net.br . Ainda volto para comentar mais sobre o livro.


Título: O Encanto da Lua Nova
Autor: Alonso Alvarez

Da nunca imaginada aventura que viveram Turista e seus amigos ao encontrarem o 11º andar, que não existia no prédio, onde morava Annabel, a bela feiticeira, prisioneira de um encanto. 






E novamente, o meu muito obrigada ao Alonso Alvarez.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

E vivas ao livro!

Pois é... não me contive. Ontem fui ao centro da cidade e passando pela livraria Amadeu, eu precisei parar. Sim, para conferir os títulos que por lá estavam, pedindo para serem olhados, levados e lidos. (Irônica eu, não é mesmo?!).


Eis que não satisfeita com minhas aquisições já feitas este mês, tanto de livros quanto de Dvd's, eu trouxe O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago (sim, de novo ele) e O Desatino da Rapaziada - Jornalistas e Escritores em Minas Gerais, de Humberto Werneck.


Paralelamente à leitura de Fragmentos (Caio Fernando Abreu) me pus a ler o Evangelho. Sinceramente, apesar de já ter chegado lá pela página 70, até agora não estou gostando não. Engraçado que desde a época da faculdade ouvia falar bem deste livro. A professora de teoria da literatura então, era defensora ferrenha. Pode ser que ao longo de minha leitura eu vá me interessar. Por enquanto, não.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Terminada a leitura de Caim, de Saramago

Bom, na verdade não foi hoje, e sim dia 11 deste mês que terminei a leitura de Caim de Saramago. Não pretendo fazer nenhuma análise deste livro. Mesmo porque, ao começar a escrever este post eu não havia sequer pensado escrever além da data do término de minha leitura.


Uma coisa tenho que dizer: durou pouco mais de uma semana, mas porque intercalei com outras atividades. Se pegasse para ler direto, certamente em uns 2, 3 dias terminaria. No primeiro dia, de uma só vez li 50 páginas.


Bom, o livro é a história do Velho Testamento contada a partir da visão de Caim, aquele que matou o irmão Abel. Devem se lembrar, não é mesmo?


Há entre Caim e Deus uma certa discussão. A visão que nos é passada é a de um Deus que não corresponde a todas as bondades que as religiões nos apresentam. Quero, antes de continuar, ressaltar que não tenho intenção alguma em discutir religião, quem está certo ou errado.


Continuando... Caim questiona Deus a todo instante, como quando Deus pede a Abraão que sacrifique seu único filho. Para Caim, um verdadeiro Deus não pediria isso a nenhum mortal.


E assim decorre toda a história. Nos faz refletir sobre tudo o que aprendemos sobre Deus. Conforme já mencionei outras vezes no twitter, se você é um religioso fanático, não recomendo a leitura deste livro. Pois certamente se aborrecerá. Aos que gostam de questionamentos, penso que vale a pena. Mas não estou afirmando, de forma alguma, que os fatos discutidos são certos ou errados.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Novas aquisições...

Que eu gosto de ler, acho que já deu para perceber né? 


Hoje chegaram minhas mais novas aquisições: Caim, de José Saramago, e Fragmentos, de Caio Fernando Abreu. Assim que terminar minhas leituras, volto aqui para compartilhar minhas impressões.


Ah! quanto ao livro do Augusto Cury eu ainda não terminei a leitura. Pois é, terei na verdade que recomeçá-la. E quanto ao Machado, já terminei - foi a segunda vez que li Dom Casmurro -, e o que vou dizer não difere do que tantos já escreveram por aí: não, eu não tenho certeza quanto à fidelidade de Capitu.


Até breve... 

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Comportamento Humano versus Educação

Finalmente apresentei minha monografia. 


Se bem que não contei aqui que estava para apresentar trabalho acadêmico. Mas digo agora. Enfim...


Tenho que compartilhar aqui minha indignação. Sei que as demandas da vida moderna nos deixam meio sem tempo para realizar algumas tarefas. Mas penso que não pode ser desculpa para algumas atitudes. E se as tiver, que então se tenha discernimento para saber até onde você tem direitos. Não entendeu? Concordo, ficou confuso. Vou explicar no outro parágrafo, ok?


Minha especialização é da área da Educação Básica. Todos nós (que fizemos o curso) trabalhamos na área. Tínhamos como tarefa de final de curso, realizar a construção do Projeto Político Pedagógico da escola em que trabalhamos e fazer uma análise crítica do processo.


Acontece que tínhamos também que apresentar tal trabalho para um professor Avaliador. Não chega a ser “defesa” de monografia, apenas uma explicação do que você realizou.


Uma colega de sala simplesmente pagou uma terceira pessoa para fazer o seu trabalho. E o pior de tudo: deu sua senha pessoal – o curso é à distância – para a mesma acessar o site do curso e esta, sem pestanejar, ofendeu à professora orientadora.


No dia da apresentação, esta aluna “relapsa” disse estar indignada com a postura da professora orientadora, alegando que esta queria impor condições e forma de realizar o trabalho.


Ora! O adjetivo é CLARO quanto à essa condição: ORIENTADORA! Sendo assim, ao meu ver, não havia argumentos que me convencessem de que a aluna estava correta quanto às suas reclamações. Sem contar que, uma pessoa que tem a atitude dela quanto à realização de suas próprias tarefas, não tem competência alguma para exigir qualquer coisa que seja, de outro alguém.



E o pior disso tudo: o curso é um programa do Governo Federal com a finalidade de Melhorar a Qualidade da Educação Básica. Agora pergunto: o que esperar de uma profissional dessas? Como querer educar e formar um cidadão (esta é uma das funções da Escola) se não se tem ética, comprometimento, responsabilidade, respeito, consciência e outros tantos adjetivos mais? 


É por essas e outras que sou enfática e realista, e não pessimista, ao afirmar que a Educação em nosso país está Perdida.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Das várias idéias (des)conexas

Às vezes a vida é tão magnânima no seu poder de mostrar como as coisas devem ser conduzidas... Não ao léu, não ao seu jeito, não conforme você planejara, não conforme suas convicções. Mas às Dela. 


"Não se deve contar com o ovo que a galinha ainda nem botou", já diz sabiamente o dito popular.


***
Dia Feliz! Notícias boas!
Nada como um dia após o outro.
E como o Arcano X A Roda, nada permanece sempre igual... 


"(...) tudo muda o tempo todo, no mundo, não adianta fugir, nem mentir, pra si mesmo agora. Há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre, como uma onda no mar..."
Lulu Santos, Nelson Motta

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Constatação

Quisera eu ter o que contar.

Dias tão iguais. Dias tão normais. A não ser pelo tempo que insiste em ser mais rápido que o que gostaria. Meu tempo necessariamente não é o mesmo do tempo imposto.

Sim, eu sei, não há nexo no que disse. E quem disse que há de have-lo?

Se ao menos as palavras me viessem...

Vazio mental. Nenhuma forma de criatividade.

Constatação: há momentos de pausa na criação. Pena.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ainda Clarice...

Na revista Bravo! deste mês há um texto sobre Clarice - Infelicidade Inspiradora. Sincronicidades à parte, serviu para clarear para mim, minhas conclusões sobre O Lustre.

Leia o texto de José Castello. Vale a pena.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Lustre - Reflexões

Terminei finalmente, a leitura do livro O Lustre, de Clarice Lispector.


Antes de mais nada, quero deixar claro que não pretendo fazer aqui uma análise crítica do mesmo, apenas relatar algumas das impressões que tive. Aproveito para comentar que este simplório blog recebeu algumas visitas em decorrência dos trechos que transcrevi. Espero que tenham gostado.

Gosto do jeito como Clarice escreve. Mas não conhecia, até então, a presente obra. Li em um site uma opinião positiva e resolvi lê-lo.

A princípio empolguei-me na leitura. Mas num dado momento não consegui manter mais um ritmo freqüente de leitura. Talvez porque a forma densa como a vida da personagem principal, Virgínia, é narrada...

Bem, a narração é sobre sua vida exterior e interior. Seus anseios, suas angústias, suas inquietações. Exterior no sentido que remete às suas relações e acontecimentos. Interior no sentido do que pensa, sente.

É uma narrativa penetrante, mas ao mesmo tempo angustiante. Vai desde a infância até a sua vida adulta. E... bem, não conto o final, porque perde a graça.

Clarice consegue fazer com que nos envolvamos com as reflexões de Virgínia. E estas não são sempre leves. Trazem consigo o que a alma anseia expressar. E muitas vezes é uma “expressão carregada”, forte, densa. Chega a incomodar. Acho que isso explica claramente como me senti, não somente ao longo da narrativa, mas principalmente pelo final. É como um “tapa na cara”; um choque. A primeira coisa a se pensar é algo como “a vida é tão efêmera; tão simples, vã; forte, pesada...”

É um romance que merece uma análise aprofundada. Diria que no mínimo duas leituras se fazem necessárias. A primeira para ter uma noção da narrativa; a segunda para compreender. É carregada de simbolismos: chapéu, mar, o próprio lustre. A relação que possui com o irmão Daniel.

Enfim, é um livro pelo qual não se consegue passar incólume.

sábado, 24 de outubro de 2009

De se emocionar

Sempre me emociono. Choro. Sou uma chorona assumida, uma sensível contumaz.

Mas gosto de ser assim. Prefiro ser assim.



“Mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou.”
João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas

Guimarães Rosa abraçando a mãe, Chiquitita, e a filha Vilma
 


Imagem daqui.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Do dia que se vive

Há dias em que há convite para uma pausa. Não é para apenas ver o tempo passar. Mas sentir o tempo, a vida. Refletir. Conversar um pouco consigo. Não ter obrigações a cumprir, a não ser a de viver. Viver intensamente este dia que é uma dádiva. Descansa a alma. 

Leveza...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Do Retorno

E de repente vem a vida de novo, com sua dinâmica cíclica e traz de volta pendências que ficaram pelo caminho, na forma de gente. Gente essa que não foi muito gentil quando de suas atitudes.


Mágoas. Foi o que essa gente toda deixou.

E agora, que estão de volta, como se nada houvesse acontecido, chegaram com a maior cara lavada. Risonhos e leves. Isso porque não carregam nenhum fardo. Ele foi despejado antes de partirem. Também, pimenta nos olhos dos outros é refresco!

 
Imagem daqui.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Biblioteca, lugar de (não) silêncio

Biblioteca é lugar de silêncio, correto? Depende, há quem não concorde com isso, embora eu não esteja dentro desse grupo, compreenderam?

Essa semana precisei ir à biblioteca da Universidade onde estudei, para fazer pesquisa. Até aqui, tudo normal. Foi até bom, pois “revivi” aquele tempo de estudante e deu muitas saudades. E como eu gosto de ler, de me informar, estava realizando uma tarefa bastante agradável. Não fosse por umas alunas, provavelmente calouras, dada a aparência delas, como idade e afins.

Eram 3 “meninas”. Uma delas, assim que entrou no andar em que eu e outras pessoas estávamos, já chegou com o seu andar quebrando toda a atmosfera de harmonia que havia. Tem coisa mais irritante, além de mal educado, que andar arrastando o pé no chão? Aquele barulho ia lá no “fundo do meu cérebro”. Me deixou incomodada, e como ando meio sem paciência com futilidades – na verdade, nunca tive – me contive e contei até 1 milhão para não falar nada. Respirei fundo e voltei para minha leitura.

Houve uma pausa. Momentânea, apenas. Como dizem “alegria de pobre dura pouco”. E a minha durou o tempo suficiente para elas encontrarem os livros de que precisavam para suas pesquisas.

Bibliografia em mãos, retornam as 3 mosqueteiras. E adivinhem onde se sentaram? Ah! “alegria de pobre dura pouco” parte 2. Como não podia deixar de ser, ao MEU LADO!

Ah! fala sério! Ninguém merece! Fiquei “a pensar” (inocentemente) “quem sabe lendo elas se comportem”?

LedoIvoEngano. Minha paciência ainda tinha que ser testada! E eu tinha que por em prática tudo o que já li sobre “controle sua irritabilidade / tenha compaixão da ignorância alheia” e por aí vai...

Como é de se imaginar, puseram-se a discutir o trabalho que deveriam realizar em VOZ ALTA! Quase gritei “som na caixa DJ!”.

Se ao menos conversassem como pessoas normais, ainda ia. Mas como se não bastasse, a mesma “indivídua” que chegou carregando o mundo nas costas e arrastando o pé no chão devido ao peso, foi a que mais se manifestou. E o pior de tudo – outra coisa irritante – são aquelas meninas/mulheres que conversam fazendo aquela vozinha, meio fanha para poderem chamar a atenção. Infelizmente através da escrita não é possível eu dar detalhes de como seja essa forma de conversar. (Mas para quem não conhece, é como criança quando quer ganhar algo e conversa fazendo manha para tentar “impressionar”.). E claro, não podia deixar de vir junto as “gírias”, o vocabulário pobre, “tipo assim”...


Não estava mais incomodada. Não. Estava no limite de irritação! Tive que contar até 2 milhões para não dizer “ow! To tentando ler, será que posso?”

Duas horas após ter que me sujeitar a isso, a essa tortura, elas finalmente se foram. E como não podia deixar de ser, me pus a refletir.

  • Como as pessoas perderam a noção de espaço.
  • Como as pessoas perderam a noção do respeito ao próximo.
  • Como as pessoas perderam a noção do ridículo.
  • Como a individualidade está sendo trocada pelo individualismo.
  • Como (alguns) jovens estão regredindo.

Eu sei que irão me dizer “é normal o jovem falar gíria, nós também já fomos assim um dia”. Sim eu sei e concordo, mas acho que há lugar e hora para isso. A forma como eu converso com meu colega de rua, nos butiquins da vida, não posso conversar com meu chefe. A forma que me comporto nos “bailes funk” da vida, não pode ser na Universidade. Tenho que ter em mente que não vivo sozinha no mundo e que há pessoas ao meu redor que não são obrigadas a aturar a minha falta de compostura, minha falta de respeito pelo próximo. 

Só sei que estou muito preocupada. O que será de nós no futuro considerando que eles é que estarão na ativa?




Imagem daqui.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mas já?

Eu falei, a uns posts atrás, que dentro em breve viria dar Feliz Natal.

Pois então, já estamos em outubro. Como este ano voou! Nossa, sinto como se não tivesse feito nada ao longo desses 9 meses que já se foram. Alto lá! Não precisa fazer nenhuma piadinha com isso, deixe que eu mesma faço: vejamos se algo produtivo "nasce" após este tempo. Veremos no decorrer destes primeiros dias do mês de outubro, 10º mês do ano...

Brincadeiras à parte - sim, porque às vezes é preciso um pouco de humor, ou quem sabe até de ironia, para que se leve a vida... - fato é que depois volto com mais observações.

Enquanto isso, vivamos o 10º mês, com intensidade. Afinal de contas daqui há pouco já é outro ano.

Inté.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Prêmio Jabuti 2009

Os vencedores foram anunciados nesta terça-feira (29) pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Os livros do ano de ficção e não-ficção da 51ª edição do Prêmio Jabuti serão anunciados pela CBL no dia 04 de novembro, em cerimônia na Sala São Paulo. Além do troféu, os ganhadores serão premiados com R$ 30 mil.

Conheça os ganhadores das principais categorias:

Romance
1º: “Manual da Paixão Solitária”, de Moacyr Scliar (Companhia das Letras)
2º: “Orfãos do Eldorado”, Milton Hatoum (Companhia das Letras)
3º: “Cordilheira”, de Daniel Galera (Companhia das Letras)

Poesia
1º: “Dois Em Um”, de Alice Ruiz S (Editora Iluminuras)
2º: “Antigos e Soltos: Poemas e Prosas da Pasta Rosa”, Instituto Moreira Salles (Instituto Moreira Salles)
3º: “Cinemateca”, de Eucanaã Ferraz (Companhia das Letras) e “Outros Barulhos”, de Reynaldo Bessa (Anome Livros)

Contos e Crônicas
1º: “Canalha! – Crônicas”, de Fabricio Carpinejar (Editora Bertrand Brasil)
2º: “Ostra Feliz Não Faz Pérola”, de Rubem Alves (Editora Planeta)
3º: “Os Comes e Bebes nos Velórios das Gerais e Outras Histórias”, de Déa Rodrigues Da Cunha Rocha (Auana Editora)

Biografia
1º: “O Sol do Brasil”, de Lilia Moritz Schwarcz (Companhia das Letras)
2º: “José Olympio, o Editor e Sua Casa”, de José Mario Pereira (G.M.T.)
3º: “O Santo Sujo: A Vida de Jayme Ovalle”, de Humberto Werneck (Cosac Naify)

Reportagem
1º: “O Livro Amarelo do Terminal”, de Vanessa Barbara (Cosac Naify)
2º: “O Sequestro dos Uruguaios - Uma Reportagem dos Tempos da Ditadura”, de Luiz Cláudio Cunha (L&PM)
3º: “1968 - O Que Fizemos de Nós”, de Zuenir Ventura (Editora Planeta)

Infantil
1º: “A Invenção do Mundo pelo Deus-Curumim”, de Braulio Tavares (Editora 34)
2º: “No Risco Do Caracol”, de Maria Valéria Rezende e Marlette Menezes (Autêntica Editora)
3º: “Era Outra Vez Um Gato Xadrez”, de Leticia Wierzchowski (Record)

Juvenil
1º: “O Fazedor de Velhos”, de Rodrigo Lacerda (Cosac Naify)
2º: “Cidade dos Deitados”, de Heloisa Prieto (Cosac Naify e Edições Sesc-SP)
3º: “A Distância das Coisas”, de Flávio Carneiro (Edições SM)


Das Mudanças (ou Não)

De repente, surpreendeu-se. Pensara veementemente que as coisas tomariam um certo rumo e já até havia preparado-se para a nova direção. Não que concordara com o fato. Mas pensara que seria melhor aceita-lo desde já. Sofreria menos?

Pausa. Não na direção, nessa não. Mas uma pausa em seus pensamentos, em suas certezas. Durou milésimos de segundos. Tudo muito rápido. Mas nem por isso insuficientes para não causarem  o devido impacto. Se é que deveria causar impacto. Mas o fato é que tudo mudou. O rumo já não seria mais aquele para o qual se preparara. E agora? O que faria? Afinal, afirmara para si que deveria atentar-se para quando o momento chegasse.

Acontece que o momento chegou. Mas não veio acompanhado pela mudança. Ao contrário. As coisas simplesmente permaneceriam como estiveram pelos últimos tempos. Deveria tranquilizar-se, afinal, é muito mais cômodo permanecer-se no que lhe é conhecido. Ou não?

Não confessou. Mas no fundo, felicitando, aprovou.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Trecho do livro O Lustre, Clarice Lispector

Clarice Lispector, in: O Lustre

“Sabia de um modo vago que já vivera alguma vez ultrapassando os momentos numa cegueira feliz que lhe dava o poder de seguir a sombra de um pensamento através de um dia, de uma semana, de um ano. E isso misteriosamente era viver se aperfeiçoando na obscuridade sem obter um fruto sequer dessa imponderável perfeição.

(...)

Tinha a impressão de que já vivera tudo apesar de não poder dizer em que momentos. E ao mesmo tempo sua vida inteira parecia poder resumir-se num pequeno gesto para frente, numa ligeira audácia e depois num recuo suave sem dor, e nenhum caminho então para onde se dirigir – sem pousar direito no solo, suspensa na atmosfera quase sem conforto, quase confortável, com a languidez cansada que precede o sono. No entanto ao seu redor as coisas viviam por vezes tão violentas. O sol era fogo, a terra sólida e possível, plantas brotavam vivas, trêmulas, caprichosas, casas eram feitas para nelas se abrigarem corpos, braços, contornavam-se ao redor de cinturas, para cada ser e para cada coisa havia um outro ser e uma outra coisa numa união que era um fim ardente sem além.”


Imagem daqui.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Viagem para Fora

(Thiago Solito da Cruz, inédito)

Há não tanto tempo assim, uma viagem de ônibus, sobretudo quando noturna, era a oportunidade para um passageiro ficar com o nariz na janela e, mesmo vendo pouco, ou nada, entreter-se com algumas luzes, talvez a lua, e certamente com os próprios pensamentos. A escuridão e o silêncio no interior do ônibus propiciavam um pequeno devaneio, a memória de alguma cena longínqua, uma reflexão qualquer.

Nos dias de hoje as pessoas não parecem dispostas a esse exercício mínimo de solidão. Não sei se a temem: sei que há dispositivos de toda espécie para não deixar um passageiro entregar-se ao curso das idéias e da imaginação pessoal. Há sempre um filme passando nos três ou quatro monitores de TV, estrategicamente dispostos no corredor. Em geral, é um filme ritmado pelo som de tiros, gritos, explosões. É também bastante possível que seu vizinho de poltrona prefira não assistir ao filme e deixar-se embalar pela música altíssima de seu fone de ouvido, que você também ouvirá, traduzida num chiado interminável, com direito a batidas mecânicas de algum sucesso pop. Inevitável, também, acompanhar a variedade dos toques personalizados dos celulares, que vão do latido de um cachorro à versão eletrônica de uma abertura sinfônica de Mozart. Claro que você também se inteirará dos detalhes da vida doméstica de muita gente: a senhora da frente pergunta pelo cardápio do jantar que a espera, enquanto o senhor logo atrás de você lamenta não ter incluído certos dados em seu último relatório. Quando o ônibus chega, enfim, ao destino, você desce tomado por um inexplicável cansaço.

Acho interessantes todas as conquistas da tecnologia da mídia moderna, mas prefiro desfrutar de uma a cada vez, e em momentos que eu escolho. Mas parece que a maioria das pessoas entrega-se gozosa e voluptuosamente a uma sobrecarga de estímulos áudio-visuais, evitando o rumo dos mudos pensamentos e das imagens internas, sem luz. Ninguém mais gosta de ficar, por um tempo mínimo que seja, metido no seu canto, entretido consigo mesmo? Por que se deleitam todos com tantas engenhocas eletrônicas, numa viagem que poderia propiciar o prazer de uma pequena incursão íntima? Fica a impressão de que a vida interior das pessoas vem-se reduzindo na mesma proporção em que se expandem os recursos eletrônicos.

Imagem daqui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sobre a Timidez

Não, neste post não sou eu quem vai falar sobre timidez. Mesmo sendo parte integrante do grupo dos tímidos, portanto tenho propriedade suficiente para falar sobre o assunto, deixo a cargo de um excelente escritor, a quem admiro.

Gosto de ler seus textos. E por acaso hoje, diante de leituras a que tenho me ocupado pelos últimos dias, encontrei o texto que aqui irei transcrever.

No mais, devo continuar um pouco afastada do blog. Como já falei, vida offline tem dessas coisas. Mas nada impede alguns olhares por aqui vez em quando.

Inté.


Da timidez

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.

Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha* existe um tímido tentando se esconder, e dentro de cada tímido existe um exibido gritando: “Não me olhem! Não me olhem!”, só para chamar a atenção.

O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.

* Atriz de TV muito extrovertida, identificada pela
maquiagem e roupas extravagantes.

(Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

domingo, 6 de setembro de 2009

Momento vago

- Por que vago? 

Porque ainda não há completo preenchimento, não há certezas, nem definições. Tudo ainda está por ser.

- Poderia ter dito então Momento Suspensão, o que achastes?

Não me agradastes, isso sim. Prefiro continuar com a idéia do Vago. Ao menos enquanto ele não é preenchido, posso sair a explorar dentro de mim mesma conceitos e/ou idéias - ou seja lá o que mais for - afim de construir algo.


Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. [Clarice Lispector]

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quando entrar Setembro...

E setembro chegou...

E eu afastada do blog por mais de uma semana. Pois é. Vida off line tem dessas coisas. Por vezes consomem nosso tempo não nos permitindo deleitarmo-nos em vãos pensamentos. Não que eles não aconteçam, não vou repetir de novo o que já escrevi em vários posts sobre mim. Mas simplesmente não escrevemos sobre eles. Confesso que não consegui largar o twitter, mesmo estando atarefada. Vício novo. Logo passa. 

Enquanto isso, continuo a levar o tempo, esperando que a inspiração poética volte logo. Estou sentindo saudades de escrever.

sábado, 22 de agosto de 2009

Da falta do que escrever

Momento de suspensão de idéias. Não, talvez não seja tanto assim. Há um certo exagero. Mesmo porque nunca deixo de pensar. Sou mentalmente inquieta. Apenas não estou organizando-as afim de transmiti-las verbalmente. Aqui no caso leia-se: escrever texto e publicá-lo.

Nem todos os dias estamos afim de escrever.

Aproveito o momento e deixo que as palavras me conduzam. Quando for o momento certo, me ponho a servi-las. Sim. "Não sou eu quem busco palavras para montar uma frase. São elas que me procuram." Era mais ou menos isso o que dizia Clarice Lispector.

Talvez estivesse ela certa. Ou não. Ah, não sei. Somente tenho a certeza de que por ora, não há expressão escrita. Apenas atividade mental.

Sábado surgindo num ritmo devagar. Entro no ritmo então.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Quando decidimos por nossa Felicidade

Saber do seu regresso não me felicitou como deveria. Não que não seja importante a sua volta. Sempre importa que voltemos ao lugar que sempre fora nosso. E sempre voltamos.

Sabemos que os momentos não voltam. Mas como quem busca reviver as felicidades passadas, em nossa lembrança é como se ainda o são e não que foram, fazendo parte perpetuamente do presente, nunca do passado. É o auto engano constante. Poderia deixar de ser se você compartilhasse comigo dos momentos que ainda permanecem.

Mas é que não voltastes para tudo. É que seu tudo não corresponde ao meu. Ou vice-versa. Também, que lhe importa, enquanto estou cá a pensar por dois, você está uno, a percorrer esse mundo vasto. É que seu mundo já não corresponde mais ao meu. Lembrança felicitando doído.

Estranho. O céu hoje não amanheceu alegre. É de uma cor cinzenta, coberto por nuvens grossas que impedem o raiar claro dourado do dia. Prefiro o colorido ao monocromático. Este dá uma sensação de única possibilidade.

Prefiro a cor colorida do dia. É que ela traz consigo a alegria. Ainda bem que nuvens - quando não são alvas como algodão-doce - "são passageiras, que com o tempo se vai". Ainda bem que quando do raiar do dia, renovam-se também as esperanças. E junto delas vem novos desejos, novas possibilidades. Inclusive a de deixar definitivamente as lembranças em seu devido lugar. Não é necessário enterrá-las! Não! Afinal de contas, fazem parte de nossa história. E isso por si só já é importante. Mas é o momento enfim, de sair em busca de novas felicidades, deixando para trás lembranças doridas.

É só questão de amanhecer novo dia. Decidido já está. Não há mais que viver de auto enganos. Há sim que viver a vida, cada instante de real felicidade que me é concedida. Viver por mim, não pelo outro.

E quanto a você, bem, seja bem vindo ao seu regresso.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Minh'alma...

Minh'alma está sedenta por uma "revolução". Acho que muito mais ao derredor que dela mesma. [Não é falsa modéstia]. Não são só minhas "retinas [que estão] fatigadas"...

Não estou apenas divagando não.

Às vezes precisamos mudar. Mudar para renovar. Faz bem à alma. Faz bem à nossa vida.

Imprimir mais cores nos nossos dias, mais poesia nas nossas palavras, não somente no que vemos. Acho que estamos sendo bombardeados por notícias 'desagradáveis' já há bastante tempo.

Precisamos mudar nosso padrão de pensamento que é para atrair coisas boas. Digo nosso porque acredito que muitas outras pessoas devam estar com a mesma sensação que eu.

Confesso que tento, que faço minha parte. Me esforço todo instante para acreditar que o mundo é bom, porque a vida, sei que é bela, com toda a mágica que a abarca. Com toda a poesia que expressa nos mínimos acontecimentos.

Aqui dentro há muitas sementes de esperança! E as rego todos os dias! Hão de florir, você vai ver!


P.s.: ao escrever este texto, eu meio que mesclei um início de artigo, com intenção literária, ficcional, real, poesia... Miscelânea só.

sábado, 15 de agosto de 2009

Saudade...

Hoje me peguei em meio a um sentimento que me deixou meio confusa. Fui ao Aurélio buscar a descrição que ele dá ao mesmo.


Saudade.
s.f. 1 - Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de coisa distante ou extinta. 2 - Pesar pela ausência de alguém que nos é querido.




Sim. Hoje estou sentindo saudades. Mas uma saudade indefinida. Do que, não sei. Não é do que passou ou de quem se foi. Não. Mas uma saudade do que ainda está por vir. Do que ainda não conheço. Será isso possível? Não sei. Mas também, nem tudo é definível nessa vida. Nem explicável. Há coisas que por si só já significam. E não precisa ser exatamente como o senso crítico. Não quando se trata de nós, do que sentimos, do que conversamos apenas conosco, nos momentos que são somente nossos, não permitindo nenhum outro interlocutor nessa conversa.

Enquanto não consigo definir o motivo de minha saudade, sigo apenas sentindo-a...


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A importância do dicionário

Tenho observado, já comentei em outro post anteriormente, que tem crescido o número de pessoas que se dispõem a escrever, seja algo ficcional ou apenas expressão de suas opiniões acerca dos mais variados assuntos. O veículo de divulgação de suas expressões escritas, como não poderia deixar de ser, são os blogs. Certamente pela facilidade de interação e divulgação que a internet proporciona. Há algo de muito positivo nisso, sem sombra de dúvida! Um dos inúmeros exemplos que poderia mencionar e que torna tal prática relevante seria a divulgação de notícias, com assuntos que muitas das vezes não temos conhecimentos, vindo por fim enriquecer-nos no que tange ao saber. Num país onde o índice de analfabetismo funcional é elevado, esta é uma prática interessante, para não dizer importante até.

Mas há um aspecto que tem não somente me intrigado, mas me incomodado, não somente por ser profissional de Educação formada em Letras, mas como também por ser uma pessoa que me interesso pelos mais variados saberes e primo pela "perfeição". Sei que esta não é inerente a nenhum de nós, seres mortais. Mas fico pensando, a cada palavra escrita de forma errada que leio nessa blogosfera, nos jornais e/ou revistas escritos - acredite, também nesses veículos de divulgação, o erro ortográfico é recorrente! -, que custo haveria aos "seus escritores" ao consultar um dicionário? Dúvidas quanto à grafia, todos nós temos. Inclusive os profissionais da área, por que não?

Sempre percebi, desde a minha época de estudante até na prática da profissão, uma resistência por parte das pessoas em usarem o dicionário. O coitado, por vezes é referido como "o pai dos burros". Ao contrário, as pessoas deveriam consultá-lo quando de suas dúvidas. Hoje o acesso é possível via internet. E já que estamos através dela divulgando nossos escritos, por que não aproveitar e melhorarmos o nosso texto?

Por vezes, pessoas podem achar que seja um certo exagero o fato de querer, de certa forma, defender a escrita "correta", quando teorias linguísticas defendem que "aprendemos através do erro". Ora, balelas à parte, quando um cidadão vai prestar um concurso público, por exemplo, ou um vestibular de uma Universidade de caráter sério, ele será avaliado em sua escrita sim! E poderá ser reprovado sim! Isso sem falar nas entrevistas de emprego, onde o cidadão precisa preencher seus dados ou também é avaliado sendo solicitado a escrever uma redação. Então, por que não dizermos aos nossos alunos e aos nossos colegas "consultem o dicionário; primem pela escrita!"? Afinal de contas, na hora de ser selecionado, podem não passar pelo "funil" da avaliação.

Enfim, além de ser um "bem de utilidade pública" - assim considero - fará bem também aos nossos olhos, quando pusermo-nos a admirar (decifrar) os escritos, sejam ficcionais, ou não.


Imagem daqui.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Do Futuro...

Quando da incerteza do futuro,
Frio na barriga,
Medo do desconhecido.
Será ele bom?

Mas que não se perca nunca
A esperança da bonança.
Há que se ter sempre que
Regar a sementinha,
Que é pra florir o jardim.





Imagem retirada daqui.

domingo, 9 de agosto de 2009

Sinceridade de Alma

Ela é menina sincera. Preza pela verdade. É tão simples o seu desejo. Quer apenas um tempo para si. É para colocar as idéias no lugar. Difícil de entender? Acho que não. Mas por que então não acreditam nela? Justo ela, que sempre que decide dizer o que pensa e sente o faz da forma mais verdadeira? Sim, decidir, porque tem vez que guarda tudo lá dentro. E fica remoendo, como um comichão, no seu interior. É só olharem bem dentro dos seus olhos. E descobrirão tudo. Até o que decidiu não dizer. É que os olhos são o espelho da alma. E a alma dela, é verdadeira.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Chuva Sol Arco-íris

De repente nuvens carregadas se aglomeraram no céu. Tempestade à vista. Raios e trovoadas a anunciavam. Mas não tem problema não. Deixa chover, chover, chover... chover bastante. Que é pra limpar até a nossa alma, tirando de dentro da gente todo aquele peso que nos impede de caminhar e que é provocado pelas coisas que guardamos, não sabe? Isso não é bom não! Por isso, deixe que a chuva leve tudo embora. E que depois de tudo descarregar, que o céu esteja azul, azul. De um azul anil servindo de cenário para o sol, todo esplendoroso, vir nos aquecer, nos secar. É porque fica-se encharcado quando se toma chuva. Só não se pode esquecer de vir também um arco-íris, pra que a gente possa correr, correr bastante, tentando alcança-lo. Que é pra buscar nosso pote de ouro.

sábado, 1 de agosto de 2009

(In)compreensão

O que ele mais queria no momento era entender o porque de determinados acontecimentos. Há uma sensação de não compreensão. Não somente de sua parte. Do outro lado, parece-lhe que lá também não há clareza com o que aqui por ora acontece. Por mais que tente não pensar, não questionar, é inevitável. Somos seres complexos. E por vezes nos perdemos em meio a nós mesmos. Muitos dos acontecimentos se referem não ao externo, mas ao intrínseco. Às vezes tenta-se disfarçar, transpor para algo o que diz respeito a pessoa e não a coisa. O que será que o outro entende do fato? Será que efetivamente compreende o que se passa com ele? Seu maior desafio agora é provar para si mesmo que está tudo bem. Mas e quanto ao outro? Será que consegue convence-lo do que nem mesmo ele ainda compreende?

domingo, 26 de julho de 2009

Por que?

O que leva uma pessoa a mexer com a outra e faze-la de ‘boba’, enquanto esta está quieta em seu canto? Por que às vezes na vida, somos obrigados a passar por situações que sequer procuramos por nós mesmos? Qual o propósito disso? Gratuito?

Não me conformo com esse tipo de situação. Incomoda-me profundamente. Sinto um misto de raiva, ressentimento, indignação, mágoa... São tantos os sentimentos que fica complicado nomeá-los.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ganhando Selo


Hoje tive uma grata surpresa!

Este modesto blog recebeu de um amigo, Frank (na minha lista de blogs, veja Qseflog) o seguinte selo:




Bom, agora vou indicá-lo a blogs que considero relevantes. Mas como não podia deixar de ser, e como meu interesse é eclético, tal indicação será também. Digamos, indicação por categoria...

Notícias/Diversos:
O Biscoito Fino e a Massa - Idelber Avelar
Amálgama - Daniel

Literatura:
Penetra Surdamente no Reino das Palavras - Nina

Tarot:
Blog de Taro - Arierom Salik
Substractum Tarot - Ricardo Pereira
Zephyrus Blog - Marcelo Bueno
Luz, Magia e Taro - Senhora dos Ventos



quarta-feira, 22 de julho de 2009

Vazio Interior

Sabe quando seu coração vai ficando apertadinho, como se ele fosse encolhendo sobre si mesmo, e junto com essa sensação ainda vem um certo vazio, uma falta de preenchimento, como se agora, no lugar dele houvesse nada mais que espaços em vão? Não fosse por ele ali, no cantinho, sozinho, pequenino e amedrontado, esse espaço fosse maior do que o é agora. Mas mesmo assim, para você ele é tão grande, tão grande, que te ultrapassa, e aí você se sente pequenina dentro de si mesma, dentro desse espaço vazio que há em seu interior, como um pequeno grão de areia na imensidão desse mundo. Dá um aperto no peito, de dar uma dor que dói, sem doer.


A imagem veio daqui.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Pausa

De repente um momento de suspensão.
Uma pausa.
Forçada?
Sim, talvez sim porque independe de suas decisões.

Sensação de desconforto...
O que se deve fazer quando as coisas de repente entram em suspensão?

Perguntas...
Nem todas tem resposta...



Imagem tirada daqui.


domingo, 19 de julho de 2009

Agradecimento

Momento de agradecimentos >>>>

Hoje não venho aqui escrever nenhum artigo de opinião. Não venho aqui dar nenhum tipo de informação. Não venho aqui arriscar-me em escritos poéticos ficcionais (ou não).

Hoje venho aqui simplesmente para agradecer.

Sim, agradecer a vocês, leitores deste modesto blog. Estou muito feliz por saber que estão me acompanhando. Mesmo que não venham aqui diretamente e que apenas leem via feed o que escrevo.

Preciso dizer a vocês o quão honrada fico. Espero de coração que eu possa sempre contribuir de alguma forma em meus escritos. Pois eles não farão sentido algum se apenas ficarem comigo. É preciso que a palavra viaje. Que ela seja compartilhada com nosso interlocutor. E é o que tenho feito por aqui.

E espero que possamos continuar nessa parceria por muito tempo ainda!

Obrigada, a todos vocês!
^^!
Luar.

sábado, 18 de julho de 2009

Movimento por um Brasil Literário

Como profissional de Educação e amante da Literatura, venho compartilhar com meus leitores acerca do Manifesto. Durante a FLIP deste ano, li em alguns sites, críticas negativas quanto à mesma. Acredito que há também críticas quanto ao aqui citado.

Por ora, não venho para discutir tais. Mas apenas para informar. Acredito que toda tentativa em formar leitores, é válida. A próxima etapa é ensiná-los a peneirar suas leituras. Mas uma coisa é certa: há que se dar o primeiro passo.

Para ler o documento, pode-se acessar o site Movimento por um Brasil Literário ou assistir ao Vídeo onde o escritor e poeta Bartolomeu Campos de Queirós fala a respeito.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Basta querer ver o Dia, Viver a Vida

Há muito que se acostumara com a rotina. Seus dias eram cinzentos. Todos iguais. Sempre as mesmas coisas. E outros tantos pleonasmos mais. Já não esperava pelo diferente. Sequer imaginava que qualquer coisa poderia ser o que até então não o tinha sido. Dizem que a gente se acostuma com tudo nessa vida. Acostumada estava com tudo sempre no mesmo lugar. Com tudo do mesmo jeito.

Até que um insistente raio de sol, pela fresta dos contornos do dia, encorajou-se a entrar onde era o que poderíamos denominar como seu mundo particular. No início duvidou. Será que é o que estou pensando? Vendo? Imaginando? Não, não tenho tempo para me dar ao luxo de contemplar...

Mas era sim. Era exatamente o que estava vendo! Não estava imaginando. Era tudo real. E era diferente do que já se habituara. Talvez por isso, tenha ficado instigada a olhar. Teve receios. Claro que os teve. Mas a curiosidade foi maior.

Resolveu que permitiria por si mesma, que abriria mais frestas para que a incidência dos raios pudesse ser maior. Não claro, sem ter ao menos um dos pés atrás. É para não perder o costume.

Quem sabe seja o início para que permita que seus dias voltem a ser belos, com seus jardins floridos, tendo por visitantes borboletas e beija flores, e que o céu esteja muito azul, de um azul anil, com suas gordas nuvens brancas de algodão doce, numa representação de beleza como a vida é.

Basta apenas que se permita.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Projeto

Meu mais novo Projeto, mental por enquanto:
Mudar o Template do meu blog!

Sério!

Isso aqui está muito feio. Muito ruim. Estou precisando dar um up neste lugar. Já passou da hora. Mas por ora, me falta tempo (depois, no tempo certo, comento porque).

Juro que até dezembro mudo alguma coisa aqui.

Enquanto isso...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ansiedade

De repente uma ansiedade tão grande!
Mal consegue respirar...
Não cabe em si...
Parece que vai explodir!

E não tem nada a ver com felicidade.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sobre Publicidade de Blogs e Votação em Notícias

Aos que chegaram até aqui para ler este artigo, não deixem de ler o P.s. ao final do post.

Há uns dias atrás escrevi sobre a publicidade de blogs, mas na especificidade da troca de links. Hoje voltarei a falar sobre divulgação, porém sobre a vertente de efetiva leitura e votação em sites dessa categoria.

Andei buscando sites onde posso cadastrar-me e com isso, divulgar meu blog. E novamente, para variar, tenho observado as discussões nesses meios entre blogueiros. Como já afirmei, todos que se dão ao trabalho de construir um blog e publicar neles algo de sua autoria - ou não - querem ser lidos. E mais! Em alguns sites, querem ser votados. E chegam a clamar por isso, mesmo que de forma velada. Há notadamente uma disputa para ver quem fica melhor nos rankings. É o velho e conhecido ego humano.

Tudo bem. Que seja até justo alguém ganhar votos por um texto que se deu ao trabalho de escrever - ou não -, seja por ter enveredado em pesquisas sobre o assunto - ou não -, seja por estar ali compartilhando seus conhecimentos - ou não - ou seja simplesmente porque resolveu arriscar-se no mundo literário. Até aqui, nada demais.

Mas o que tenho visto por trás dessa ânsia deslavada de criarem-se blogs a uma frequência diária - será que seria exagero dizer por hora? - muitas vezes com interesses na customização, está chegando a um ponto onde estão, na minha visão, banalizando todo o processo. Acho de grande valia, num país com número alto de analfabetismo funcional, que pessoas se interessem em escrever e/ou ler. Mas há que se lembrar que nem todos tem acesso à internet.

Voltando à banalização, outra observação que tenho feito é quanto à efetiva leitura do que está escrito. A impressão que tenho é a de que as pessoas pulam de link em link, e que muitas das vezes mal passam os olhos nos textos e já dão logo o seu "voto" para aquele post. Isso sem falar na qualidade de muitos deles, que poderiam ser questionados.

Daí empreende-se várias perguntas:
  • as pessoas estão realmente lendo, na verdadeira acepção desta palavra?
  • aqueles que escrevem tem se preocupado em escrever algo de valia ou ao menos se preocupam em não escrever nada de estapafúrdio?
  • preocupam-se em não "matarem a língua" consultando dicionários e gramáticas? [Está certo, sei que a língua é "viva" e que sofre "mutações" com o tempo. Mas isso não me dá o direito de escrever como tenho visto por aí...]

Essas são apenas algumas das questões que por ora levanto sobre o assunto. O leitor [caso este artigo seja lido] poderá certamente levantar outras mais.

Conclusão

O que concluo dessas minhas observações é que está-se muito mais preocupado em ser visto e que saibam que está-se entre os "bons" através dos rankings. Poucos são os que efetivamente se preocupam com a qualidade do que escrevem; outros com uma verdadeira leitura. Muitos "votam" e, será que honestamente leram tudo, até ao final?

Mas como o que vale é estar entre os primeiros, a forma como se faz para chegar até lá, para alguns, pouco importa.


P.s.: Sei que toda regra possui uma exceção. Acredito que existam pessoas honestas neste meio. Ainda bem. Mesmo que representem uma minoria.